quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

combate ao mosquito da dengue


EM ALAGOAS. Este ano, até o último dia 26, já haviam sido notificados 33.486 casos suspeitos da doença
Casos de dengue não param de crescer
Por: FÁTIMA ALMEIDA - REPÓRTER
Os números da dengue continuam aumentando em Alagoas, segundo os relatórios da Vigilância Epidemiológica. Este ano, até a última quarta-feira (dia 26) já haviam sido notificados 33.486 casos suspeitos da doença, nos 102 municípios do Estado. Praticamente o triplo do número registrado no mesmo período do ano passado: 11.557 casos.

Em relação às manifestações suspeitas de formas graves da doença, os números também aumentaram, de 281 casos em 2011, para 549 este ano, uma elevação de quase 100% de ocorrências.

De acordo com os relatórios, o Laboratório Central de Alagoas (Lacen) conseguiu isolar 15 amostras com resultados positivos para a dengue tipo 4, em oito municípios de diferentes regiões, o que confirma a circulação no Estado, do vírus DENV-4, responsável pela forma mais grave da doença.

Os dados apontam, ainda, que todos os municípios estão infestados pelo mosquito vetor, o Aedes aegypti. Pelo número de casos notificados da doença, 61 municípios alagoanos são considerados em situação epidêmica e 25 em situação de alerta.



MOSQUITOS 

Em Maceió, um dos municípios com maior incidência de notificações, o alto índice de infestação de mosquitos preocupa a população.

No bairro do trapiche, a situação é crítica, e as pessoas se defendem como podem, para evitar contaminação. A partir das 16 horas, a dona de casa Solange Cavalcante fecha as portas de casa para reduzir a entrada de mosquitos. “Além dos riscos da dengue, é muito incômodo eles em cima da gente”, diz ela.

A vizinha, Roseane Amorim, já viveu maus momentos com a filha hospitalizada com dengue. “Foi muito grave. Ela passou muitos dias internada e só escapou pela força de Deus”, diz ela.

No bairro, acessórios como mosquiteiros, ventiladores, repelentes e inseticidas são considerados gêneros de primeiras necessidades.

Na casa da comerciante Aline Maria de Lima, vizinho ao Canal do Trapiche, o mosquiteiro fica permanentemente armado na cama do pai e das crianças. “Eles têm alergia ao mosquito e eu tenho muito medo da dengue. Uma vizinha já adoeceu duas vezes”, diz ela.

Os moradores culpam o canal que passa aberto pelo bairro e o esgoto que corre em algumas ruas sem saneamento. “Tem que limpar. Com essa sujeira, não tem como evitar a proliferação de mosquito”, reclama o aposentado Lourival Gregório. ‡ 

Nenhum comentário:

Postar um comentário